bibilly's reviews
321 reviews

dnf @ 27%

i thought myself in the mood for mary oliver's obsession with nature, but i guess i underestimated the size of this collection. the woman didn't care about form whatsoever, making her platitudes completely unimpressive, except for some verses here and there. someone said most of her poems are just diary entries with line breaks, and that pretty much sums it up. 

a ya book done right. except when it's not. at first, my biggest issue was with the friendship that sets up the whole conflict happening too fast. the reader was supposed to see in the mc a smart girl who didn't trust easily and wouldn't go doing dumb shit bc of someone she's just met, but the number of impulsive actions only increased along the way. that made Vivvie, the friend (of color) in question, seem more like an excuse than a character. 

secondlly came the reminder that im not a fan of mystery or who-did-it books and only picked this up for the drama and the rags-to-riches trope. so despite the comparison with Scandal and Veronica Mars being surprisingly on point, i was waiting for more political stuff connecting the students of the fancy school. i wanted to see the transformation of a ranch girl into a queen bee, who cares for the hive but thrives in the power.

i am, however, a fan of cold-but-caring characters, and we get a bunch of those here. Tess, the protagonist, is kinda like Katniss Everdeen in Washington DC, if Katniss were the younger sister. instead of Peeta, we get Henry, to whom everything is a serious matter, and his bestie, Asher, to whom everything could be turned into a good joke, except when those he cares about (that is, Henry) are involved. together they make a trio that we can dare to wish will not become a love triangle in the next book, bc there's no romance in this one. 

unfortunately, even though im rooting for Henry, upon finishing it i decided not to read The Long Game. because, in the end, my biggest complaint was how underwhelming the plot twists were — the ones i predicted and the ones i didn't —, probably due to my lack of real connection to the characters. idk, maybe im dead inside, but in all those life or death situations i should've cared more, and i didn't. also, some reviews hint at an open ending to the duology, and i don't have the time to find out if that's true and get all frustrated about it.

much like stories about monarchies and rich families in general, concept-wise, mafia romances have everything I like: that irresistible mix of ambition and tradition, power and danger, drama and intrigue. the problem is that none of them seem to know what subtlety or yearning is. always too much bragging and not enough action, a lot of telling-not-showing. ok, so you torture men for a living, but what makes you different from the rest? your Cambridge degree as a rich white boy? your otherworldly beauty that has to be stated by a whole paragraph as soon as the female mc lays eyes on you? you have to give me something real, otherwise it's fucking boring. and it has to be substantial, not empty words repeated again and again.

I can't say When Heroes Fall didn't try: a traumatized icy queen of a lawyer and a big man full of candor that doesn't take any bullshit do set a nice stage if you're into romance at all. on top of that, I related to some of the heroine's insecurities; and her intense desire to conceive a child didn't make me close the book right away, which definitely says something.

however, our icy queen's worldview was too naive for a 27-year-old lawyer in New York that had run away from the Italian mafia and her narcissistic dad. her backstory wasn't convincing, probably bc it relies on other books by the author. also, despite my lust for tv shows about lawyers (I've almost finished watching The Partner Track on Netflix just bc it had lawyers and after that I binge-watched The Recruit for finding Noah Centineo's character weirdly compelling, and if that doesn't prove I'm not THAT picky I don't know what does), this plotline along with the reason for the mighty capo being charged for murder was uninteresting and sometimes even hard for me to follow.

my biggest problem with the hero was that his dark underworld didn't amaze me one bit: even his name - Dante Salvatore - sounded borderline ridiculous and all his men and enemies felt more like name tags than characters. as for the romance, it was too instalovey for this setting and premise. I was more turned on by the possibility of Elena claiming her spot next to Dante and becoming a mafia boss herself than the smut, but we don't get to see said culmination in this book, so I felt like I finished reading it for nothing.

bottom line? the cover has more personality than the actual book (a problem shared with Welcome to the Dark Side, a title by this author I've dnf'ed).

on hold @ 21%

I was ready to procrastinate so many tasks for this book, but it's just not giving me what it should be giving me, like distinctive narration voices, for instance. and one of the mc's just did something I despise: deliberately chose not to tell the other their little paradise was being watched. in the fucking apocalypse. would it have changed much in their current situation if he hadn't kept info to himself? probably not, but I hate convenient dumb shit like this. also, as a brazilian, I'm not getting/caring for half of the jokes/references, so there's that. 

***

reading update @ 10% 

was watching The Last of Us ep3 and remembered I had an apocalypse book on my romance tbr. it's literally that episode but ya, and instead of a grumpy-sunshine couple there's a oblivious-outgoing type of duo? and no zombies, just a new covid. the writing is solid for a debut book, but I'm not sure if it will be enough in the long run: the setup seems a little too easy. and unfortunately I do have a thing called job, so maybe I shouldn't focus on finishing both the book and the show this week anyway.

o poema em si, feita a devida suspensão de incredulidade ou do senso do ridículo (coisa que meu eu aborrecente não soube fazer), é muito satisfatório e um dos poucos que poderia ser divertido decorar. quanto aos ensaios, o homi é metodicamente delirante e por vezes tão autoritário quanto um americano consegue ser, mas os momentos de lucidez (que acontecem principalmente quando o assunto não envolve métrica) são perspicazes, relacionando composição e recepção, questionando a ideia romântica de originalidade como mera inspiração, antecipando a doutrina da arte pela arte e rejeitando o didatismo na literatura — ainda que, vinda de um sulista oitocentista, essa postura não seja tão isenta assim, como bem pontua Paulo Henriques Britto em "O ensaísta Poe", último capítulo do livro. já a edição oferece tudo que um bom poema merece e que as burras como eu precisam: introdução, texto original, traduções, comparação entre as traduções, análise do próprio autor e análise dessa análise. 

esse livro prometia ser uma boa mistura brasileira de Kulti e RWRB, o que por si só é surpreendente, considerando que odeio o segundo e abandonei o primeiro. o início sobre a infância do protagonista me pegou, pois amo um pov de criança bem feito, e pensei que finalmente tinha achado algo que presta no kindle unlimited depois de não sei quantas capas enganadoras e títulos devolvidos (incluindo o outro livro do autor). entretanto, a escrita logo começou a cair de cara no telling-not-showing, entre outras mesmices. a pior consequência foi a falta de nuance no romance, que foi de enemies to lovers pra uma espécie de it's always been you trope em menos de três capítulos (francamente, eu teria preferido que o padrão provocador tivesse se descoberto bi e não se revelado gay). uma pena, pois gostaria de ter conseguido ignorar os furos no enredo pelo casal. boa parte deles se baseia nas contradições dos próprios personagens, os quais do meio pro final pareciam estar contracenando em uma série fraca mas inofensiva e que ninguém tem coragem de dizer que é ruim. talvez se o livro fosse mais curto seu tom de jornalista tuiteiro não teria me cansado tanto; por outro lado, uma história que queira mostrar o amadurecimento de um atleta e o renascimento de um esporte precisa de espaço no miolo pra isso — comprometimento, que, somado ao romance, deveria ter abarcado ainda mais páginas. então, mais uma vez, tudo se resume à minha falta de conexão com narradores que ficam o tempo inteiro fazendo juízo de valor, interrompendo a narrativa pra se justificar, me dizendo como devo me sentir, em vez de simplesmente contar a história e me fazer senti-la. elencar obviedades não as torna mais impactantes; juro que dá pra escrever romance e servir entretenimento consciente de outra forma. e minha saga de reclamar de didatismo na ficção contemporânea continua.

pelo visto o Pedro Poeira escreve de td um pouco, então ele bem que podia nos servir uma enemies to lovers la no kindle unlimited. talvez uma versão gay de The Hating Game em que a inimizade seja verdadeira #ficaadica

felizmente tb amo uma friends to lovers, e esta é um raro caso de livro que ficou bom logo depois de eu pensar em abandoná-lo. na vida sou o Júlio (só que menos organizada, sem sucesso e sem um bff pelo qual sou apaixonada), então claro que não engoli a razão para a viagem abrupta no feriadão. além disso, a escrita no início é um tanto engessada, principalmente se comparada com "Advinha Quem Não Voltou Pra Casa". contudo, a viagem acaba trazendo o foco para os dois amigos, rendendo daí em diante interações deliciosas (and there was only one tiny bed), uns sorrisos e até algumas lágrimas. o Caetano querendo deixar o pobi do Júlio na friendzone obviamente me irritou, pq não tenho paciência pra quem rejeita felicidade dada na mão e ainda acha que pode sair tomando decisões pelos outros sem nenhuma comunicação (teve umas atitudes dele que achei bem questionáveis), mas como o livro é curto isso não dura nem dois dias. e o plot twist so é surpreendente para os personagens, mas aquece o coração e dá razão de ser à viagem maluca. 

agora vou ler o conto sobre o dia em que eles se conheceram, espero que seja sob o ponto de vista do Júlio.

o mundo precisa de mais autores que pensem "e se eu enfiasse um age gap no meio disso aqui?" mas gostos questionáveis à parte, esse conto foi muito relatable, desde os irmãos de pais diferentes até a família M: o nome de todo mundo aqui em casa é composto e começa com M. uma das poucas diferenças é que minha mãe nunca poderia se dar o luxo de gastar dinheiro com jogos de azar como um hobby. tirei uma estrela porque, apesar de surpreendentemente sólida (no sentido de que não me encanta em um parágrafo pra me irritar no outro como em Paixões Violentas), a escrita cai em uns lugares comuns, principalmente no finalzinho, que são lamentáveis mais pelo fato de eu ter gostado até mesmo dos pov's da gata e da adolescente. porém, o Pedro Poeira se salva da pieguice pela maior parte e para minha alegria recusa totalmente a tragédia.