Scan barcode
adrianascarpin's reviews
2445 reviews
Double Indemnity by Richard Schickel
informative
reflective
fast-paced
4.0
Amo demais essa série da BFI Classics que são livros curtinhos (ou ensaios de fôlego) sobre filmes emblemáticos e dá para encontrar dezenas deles na Internet, por mim sempre leria acompanhado de seu respectivo filme, isto é, se desse tempo.
Esse do Schickel sobre Pacto de Sangue é bem suculento tanto para mostrar o processo de criação nos bastidores, a transferência de mídia literária para cinematográfica e o que afinal vemos na tela, por ser um livro curtinho acho que o autor manejou bem abordar o filme de vários ângulos.
Esse do Schickel sobre Pacto de Sangue é bem suculento tanto para mostrar o processo de criação nos bastidores, a transferência de mídia literária para cinematográfica e o que afinal vemos na tela, por ser um livro curtinho acho que o autor manejou bem abordar o filme de vários ângulos.
Double Indemnity by James M. Cain
dark
mysterious
tense
fast-paced
- Loveable characters? No
4.0
Esse ano Pacto de Sangue, obra-prima do Billy Wilder, está completando 80 anos, então resolvi ler a novelinha do Cain antes de revê-lo.
Acho que esse livro é o ápice didático de quanto somos idiotas quando estamos apaixonados, o Cain tem muito disso nos seus noir (pelo menos nos que vi adaptados para o cinema), essa coisa dos seus personagens descarrilharem por completo por conta da paixão por mais inteligentes que eles sejam como é o caso do nosso narrador aqui.
Tem uns 20 anos que não revejo o filme do Wilder, por isso não lembro dos detalhes da adaptação (não lembro se a Phillys era enfermeira serial killer lá também), mas o final do filme é mil vezes melhor do que do livro, este que é poético, mas que ficaria ridículo no cinema, ainda bem que tinha o Chandler e o Wilder para arrumar isso.
Acho que esse livro é o ápice didático de quanto somos idiotas quando estamos apaixonados, o Cain tem muito disso nos seus noir (pelo menos nos que vi adaptados para o cinema), essa coisa dos seus personagens descarrilharem por completo por conta da paixão por mais inteligentes que eles sejam como é o caso do nosso narrador aqui.
Tem uns 20 anos que não revejo o filme do Wilder, por isso não lembro dos detalhes da adaptação (não lembro se a Phillys era enfermeira serial killer lá também), mas o final do filme é mil vezes melhor do que do livro, este que é poético, mas que ficaria ridículo no cinema, ainda bem que tinha o Chandler e o Wilder para arrumar isso.
As Horas by Michael Cunningham
dark
emotional
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
5.0
As Horas do Stephen Daldry foi um dos filmes mais marcantes que vi no cinema nos anos 2000, na época meu amor e identificação por Virginia Woolf já tinha florecido e o filme só veio reiterá-lo, por isso parece estranho só agora ter sentado pra ler o livro do Cunningham.
O filme foi bastante fiel ao livro, tanto em detalhes factuais quanto em estrutura narrativa, por isso se amei o filme, não tinha exatamente porque não amar o livro também, talvez um dos melhores trabalhos a mostrar a depressão tal como ela é e sob várias vias.
O filme foi bastante fiel ao livro, tanto em detalhes factuais quanto em estrutura narrativa, por isso se amei o filme, não tinha exatamente porque não amar o livro também, talvez um dos melhores trabalhos a mostrar a depressão tal como ela é e sob várias vias.
La voz humana by Jean Cocteau
mysterious
sad
medium-paced
3.0
Como toda peça, ele é melhor encenado, por isso fiquem com o curta do Almodovar com a Swilda que assisti para a noite na biblioteca do EBP.
A Chave de Vidro by Dashiell Hammett
mysterious
tense
fast-paced
4.0
Olha que curioso, quis ler o livro antes de ver a adaptação para cinema com o Ladd e a Lake e não fazia ideia que era sobre gangsterismo na política, bem aplicável aos nossos tempos no Brasil.
Frankenstein: edição comentada: Ou o Prometeu moderno by Mary Shelley
adventurous
dark
mysterious
sad
tense
medium-paced
5.0
Daria facilmente 5 estrelas se o livro fosse todo narrado pela Criatura, nessa releitura ficou evidente o quanto o Victor Frankenstein é insuportável e o quanto a perspectiva da Criatura é riquíssima.
Para além da leitura libertária e idealista de seus pais Godwin e Wollstonecraft, Mary Shelley pega bem o zeitgeist pós Rousseau de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, para moldar sua Criatura, criando assim uma personagem totalmente justificada de seus atos.
Duas coisas que gosto muito são as suspensões do que se narra: nunca temos uma descrição precisa da Criatura, deixando para o cinema do século XX dar direcionamentos na nossa imaginação, além de não sabermos ao certo os métodos científicos utilizados por Frankenstein para dar vida à Criatura, mais uma vez nos colocando sob a influência da espetacularização do cinema.
Tá, apesar de odiar o Victor, vou dar 5 estrelas mesmo assim.
Para além da leitura libertária e idealista de seus pais Godwin e Wollstonecraft, Mary Shelley pega bem o zeitgeist pós Rousseau de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, para moldar sua Criatura, criando assim uma personagem totalmente justificada de seus atos.
Duas coisas que gosto muito são as suspensões do que se narra: nunca temos uma descrição precisa da Criatura, deixando para o cinema do século XX dar direcionamentos na nossa imaginação, além de não sabermos ao certo os métodos científicos utilizados por Frankenstein para dar vida à Criatura, mais uma vez nos colocando sob a influência da espetacularização do cinema.
Tá, apesar de odiar o Victor, vou dar 5 estrelas mesmo assim.