A review by anacatnascimento
The Cracked Mirror by Brian Keaney

1.0

Okay, de volta à saga de «As Promessas do Dr. Sigmundus»...e a mais um livro, o segundo da trilogia, que só dá para descrever como mau.

And yet, continuo a achar impossível parar de ler - ou, pelo menos, não querer saber como é que a história acaba. Mas que é terrível, sem sentido, mal escrito e all and all pura perda de tempo e desperdício de papel? Lá isso é.

Tome-se como exemplo os meus sentimentos em relação a outro livro: Catcher in The Rye. Esse livro, tal como disse na altura, não me encheu as medidas. Uma história esquizofrénica com um personagem principal que faz da esquizofrenia eufemismo. Cada palavra irritava-me e dei graças quando finalmente cheguei ao fim.

Com "O Espelho Quebrado" não foi a mesma coisa. Não gostei e é provavelmente a pior saga que já li na vida. Explicações e plot lines inseridas a martelo penumático, personagens a aparecer do nada só para que o personagem principal se safe mais uma vez. para depois voltar a acontecer outra coisa qualquer, com o seu quê de suspense, que volta a levar a história pelo caminho que estava antes, mas com uma adição qualquer: Dante ganha novos poderes, ou Bea afinal é super importante para a história, ou afinal há um irmão gémeo!

Essa do gémeo matou-me. A sério, como se já não houvesse sillyness suficiente no raio do livro, bora lá incluir um gémeo maléfico que se chama Gallowglass - daí o título «O Espelho Quebrado» (traduções, enfim...).

Diz na badana lateral do livro que o "Times" considerou este livro "Um extraordinário exemplo de escrita, com uma atmosfera envolvente". Como não especificaram que "Times" era - se o de Nova Iorque, Washington ou de Davenport, no Iwoa, eu vou arriscar e dizer Davenport. Ou Kenosha, Wisconsin. Alguma cidade do género.
Porque a verdade é que o "Times" mentiu; Brian Keaney escreve, não de modo exemplar e nem sequer em círculos, mas sim em elipses. Ou triângulos. Talvez quadrados. Ainda não percebi bem.
Agora, vendo bem, este livro é como aqueles filmes de sábado ou domingo, que vemos quando temos preguiça de nos vestirmos para sair e ficamos de pijama o dia todo, a comer que nem pequenos alarves. Não tem qualidade, a história é mal contada e os personagens perdem estrutura a cada minuto. Mas queremos saber o final. Apesar de já desconfiarmos não temos a certeza.

E é essa incerteza que vai, com toda a certeza, levar-me a ler o 3º volume, a desiludir-me mais uma vez com Brian Keaney e a não me importar assim tanto.