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A review by hvogado
A Ditadura da Felicidade by Eva Illouz, Edgar Cabanas
4.0
Depois de ter lido alguns livros da colecção Harvad review sobre Atenção Plena, Resiliência ou outros sobre desenvolvimento pessoal nas empresas, pego neste livro e tenho o outro ponto de vista.
A vida é feita de equilíbrio entre mau e bom, o eu e o outros, feliz ou infeliz.
Neste livro é abordado o tema da felicidade como um produto a ser consumido toda a vida e a melhor forma de atravessar todas as adversidades. Um foco maior nas empresas, cujo pensamento neoliberal aponta para nos tornarmos uma marca, um produto de trabalho a vender, sempre em constante crescimento e aprendizagem.
O livro não está contra a felicidade, mas no aproveitamento que dela fazem como remédio para tudo. Ser feliz constantemente. Ser produtivo na empresa, mesmo que as condições não sejam as melhores.
Numa época em que o individualismo reina, virarmo-nos para nós mesmos é a melhor coisa que o capitalismo quer. Sem o colectivo, é mais fácil manipular o indivíduo.
Pena que o livro não aborde as relações entre parceiros e amigos ou pais e filhos, poderia ser também interessante ver a abordagem.
Alguns capítulos são um pouco maçudos com todos os detalhes de estudos, publicações e investigação mas é aí que o livro se mostra credível no resultado que apresenta.
Os psicólogos positivos, os economistas da felicidade, gurus e coaches de desenvolvimento pessoal fomentam uma forma de ver a vida que parece ser a ideal, mas se nós queremos crescer por nós mesmos porque há necessidade de estar constantemente a consultar os especialistas? Também me levanta questões. A felicidade acaba por ser um produto que não se vende apenas uma vez e ficamos bem para o resto da visa, mas um produto que tem de estar sempre a ser vendido.
De facto vemos que as prateleiras da auto-ajuda têm crescido muito nos últimos anos.
Em 1974, o filósofo anarquista Robert Nozick, de Harvard, pediu aos seus leitores que imaginassem estarem presos a uma máquina que nos proporciona todas as experiências aprazíveis, estimulando o cérebro para acreditar estar a viver a vida que desejamos. Se pudessem escolher, escolheriam a máquina do prazer ou a vida real?
Recomendo a leitura deste livro e também algumas obras de desenvolvimento pessoal. Temos de conhecer os 2 lados da questão. Boas leituras!
A vida é feita de equilíbrio entre mau e bom, o eu e o outros, feliz ou infeliz.
Neste livro é abordado o tema da felicidade como um produto a ser consumido toda a vida e a melhor forma de atravessar todas as adversidades. Um foco maior nas empresas, cujo pensamento neoliberal aponta para nos tornarmos uma marca, um produto de trabalho a vender, sempre em constante crescimento e aprendizagem.
O livro não está contra a felicidade, mas no aproveitamento que dela fazem como remédio para tudo. Ser feliz constantemente. Ser produtivo na empresa, mesmo que as condições não sejam as melhores.
Numa época em que o individualismo reina, virarmo-nos para nós mesmos é a melhor coisa que o capitalismo quer. Sem o colectivo, é mais fácil manipular o indivíduo.
Pena que o livro não aborde as relações entre parceiros e amigos ou pais e filhos, poderia ser também interessante ver a abordagem.
Alguns capítulos são um pouco maçudos com todos os detalhes de estudos, publicações e investigação mas é aí que o livro se mostra credível no resultado que apresenta.
Os psicólogos positivos, os economistas da felicidade, gurus e coaches de desenvolvimento pessoal fomentam uma forma de ver a vida que parece ser a ideal, mas se nós queremos crescer por nós mesmos porque há necessidade de estar constantemente a consultar os especialistas? Também me levanta questões. A felicidade acaba por ser um produto que não se vende apenas uma vez e ficamos bem para o resto da visa, mas um produto que tem de estar sempre a ser vendido.
De facto vemos que as prateleiras da auto-ajuda têm crescido muito nos últimos anos.
Em 1974, o filósofo anarquista Robert Nozick, de Harvard, pediu aos seus leitores que imaginassem estarem presos a uma máquina que nos proporciona todas as experiências aprazíveis, estimulando o cérebro para acreditar estar a viver a vida que desejamos. Se pudessem escolher, escolheriam a máquina do prazer ou a vida real?
Recomendo a leitura deste livro e também algumas obras de desenvolvimento pessoal. Temos de conhecer os 2 lados da questão. Boas leituras!