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A review by uderecife
Sonetos e outros poemas by Luís Vaz de Camões
4.0
Ler Camões é, de certa forma, descobrir o quanto pode a língua portuguesa — a língua de Camões. Ele é, afinal de contas, o nosso Homero, ainda que colorido por Virgílio, Ovídio, Horácio, de quem muito tomou por empréstimo.
Mas ler o Camões, não aquele que canta os Lusíadas, mas o que canta os seus amores, é também descobrir o homem no poeta, aquele que sabe e faz uso do seu dom para fins bem mais mundanos e concretos. Isto torna a leitura da sua restante obra lírica quase que um sacrifício para quem não se revê muito nos seus exagerados dramatismos amorosos. É que, e verdade seja dita, muito chora a criatura o quanto lhe custa perder esta ou aquela, o quanto lhe dói o não alcançar o tão almejado prémio de não lhes conquistar a alcova.
Seja como for, e apesar das temáticas mais imediatas, mais suas em seu quotidiano, Camões é ainda assim Camões. Mesmo quando o conteúdo pouco nos diz, ainda assim sempre se mostra o grande mestre no uso da língua e em cantá-la como mais ninguém a canta. Ler Camões é assim como que toda uma escola do quanto pode a poesia. Mais: o seu português, seu duas vezes por quanto nos influenciou, é o português ao qual todos deveríamos almejar.
Nesse sentido, e sendo tanto o que desta leitura temos a ganhar, conhecer o todo da produção artística de Camões deve estar no horizonte de todos aqueles que buscam mergulhar na experiência do bem falar (e escrever) português.
Mas ler o Camões, não aquele que canta os Lusíadas, mas o que canta os seus amores, é também descobrir o homem no poeta, aquele que sabe e faz uso do seu dom para fins bem mais mundanos e concretos. Isto torna a leitura da sua restante obra lírica quase que um sacrifício para quem não se revê muito nos seus exagerados dramatismos amorosos. É que, e verdade seja dita, muito chora a criatura o quanto lhe custa perder esta ou aquela, o quanto lhe dói o não alcançar o tão almejado prémio de não lhes conquistar a alcova.
Seja como for, e apesar das temáticas mais imediatas, mais suas em seu quotidiano, Camões é ainda assim Camões. Mesmo quando o conteúdo pouco nos diz, ainda assim sempre se mostra o grande mestre no uso da língua e em cantá-la como mais ninguém a canta. Ler Camões é assim como que toda uma escola do quanto pode a poesia. Mais: o seu português, seu duas vezes por quanto nos influenciou, é o português ao qual todos deveríamos almejar.
Nesse sentido, e sendo tanto o que desta leitura temos a ganhar, conhecer o todo da produção artística de Camões deve estar no horizonte de todos aqueles que buscam mergulhar na experiência do bem falar (e escrever) português.