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A review by alisarae
A Trança by Laetitia Colombani
emotional
hopeful
inspiring
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? No
3.0
Li este livro para o clube de leitura #leiamulheresSP, nossa escolha de novembro 2024. Eu sozinha não teria o lido pq não é meu vibe: a voz da autora é superficial e as histórias são melosas.
Três hístorias em três paises diferentes contadas em 200 páginas com uma fonte grande, ou seja, 150 páginas na real/50 páginas por personagem. Eu ia dizer que não tem espaço pra mergulhar muito nas detalhes do ambiente e personalidade e sentimentos das personagens, mas já li contos mais curtos com personagens bem mais profundas.
Tive a sensação que é uma fábula contada para crianças apesar de ser sobre três mulheres adultas. Considerando o livro desse jeito, não é meio ofensivo escrever um livro sobre empoderamento feminino, usando um tom narrativo que infantaliza as leitoras?
Ou, de forma mais generosa, parece o tratamento de um roteiro de filme, que -- shocker -- realmente virou.
Nas artes visuais, a gente aprende escolher a melhor média para a mensagem: escultura de mármore sempre tem uma presença pesada e séria, por exemplo, ou aquarelas tem uma fluidez natural que acrílicos não tem. Quando um artista escolha uma média sem considerar as propriedades inerentes e as implicações culturais que essa média já traz consigo, o artista pode roubar a força da mensagem que está tentando passar, ou criar uma ironia não-intencional. Acho que é que aconteceu com este livro, infelizmente: a autora já imaginou um filme, mas tentou escrever um livro.
Três hístorias em três paises diferentes contadas em 200 páginas com uma fonte grande, ou seja, 150 páginas na real/50 páginas por personagem. Eu ia dizer que não tem espaço pra mergulhar muito nas detalhes do ambiente e personalidade e sentimentos das personagens, mas já li contos mais curtos com personagens bem mais profundas.
Tive a sensação que é uma fábula contada para crianças apesar de ser sobre três mulheres adultas. Considerando o livro desse jeito, não é meio ofensivo escrever um livro sobre empoderamento feminino, usando um tom narrativo que infantaliza as leitoras?
Ou, de forma mais generosa, parece o tratamento de um roteiro de filme, que -- shocker -- realmente virou.
Nas artes visuais, a gente aprende escolher a melhor média para a mensagem: escultura de mármore sempre tem uma presença pesada e séria, por exemplo, ou aquarelas tem uma fluidez natural que acrílicos não tem. Quando um artista escolha uma média sem considerar as propriedades inerentes e as implicações culturais que essa média já traz consigo, o artista pode roubar a força da mensagem que está tentando passar, ou criar uma ironia não-intencional. Acho que é que aconteceu com este livro, infelizmente: a autora já imaginou um filme, mas tentou escrever um livro.