You need to sign in or sign up before continuing.
Scan barcode
els_ka's review against another edition
emotional
hopeful
inspiring
medium-paced
- Plot- or character-driven? Plot
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? No
4.25
jenrotsaert's review against another edition
4.0
One of my teenage daughters Favorite books. I am so happy that I took the time to read it, what a lovely, beautiful book.
abi_p's review against another edition
emotional
reflective
sad
tense
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
4.0
e_m_f_reads's review
challenging
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.0
Why does it end with a 17 year old kissing a 13 year old.
sofabed's review
challenging
dark
emotional
hopeful
inspiring
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
4.0
kimmi's review against another edition
dark
emotional
hopeful
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0
English edition:
I don't know what to make of that ending. It felt like from the start the tone was changing, becoming more mature and less hopeful and optimistic, almost as though it was leading to some big dramatic revelation, but there wasn't really anything to build up to. It felt like that was intentional though, to show that life progresses for people like Lou, but people like No become unfinished stories.
As a translation from french there were a few parts every now and then that I found difficult to understand, and sometimes I felt like I was missing something obvious about No that I should have realised. This book left me with so many questions. Where did No go? The why was obvious but why did she go along with it for so long with no intention of actually going to Ireland? What was she doing to get that money? Was it something to do with the night shift?
I did, however, understand the message that the problem of homelessness isn't as simple or easy to solve as Lou thought and hoped it was, and that giving someone your home isn't enough to give them a chance in life.
Overall it was a really meaningful, deep book. I'd definitely recommend it.
French edition:
Je suis anglaise donc je suis désolée pour les erreurs!
Enfin, en le lisant avec ma prof de français au lycée, je comprend ce livre. Quand on concentre de Lou et la famille Bertignac au lieu de No, on voit l'impact qu'une jeune femme SDF peut avoir sur une famille cassée. Elle permet Lou à devenir plus confiante en elle, si confiante qu'elle peut dire à et embracer le garçon qu'elle aime, et peut espèrer d'aller de la boul de Léa Germain. Petit à petit, à cause de No, Anouk a communiqué plus, et elle exprime ses sentiments, et enfin elle prend sa fille dans ses bras. En page 248 Lou se demande si on est si petites choses qu'on ne peut pas rien, rien changer, avoir aucun effet. Mais l'ironie, c'est qu'elle voit seulement le manque d'effet qu'elle a eu sur la vie No, au lieu de l'effet que No a eu sur soi et sa famille - surtout sa mère.
C'était un livre fantastique, je pense que j'aimerais en lire même si je ne le devais pas pour mon cours.
As a translation from french there were a few parts every now and then that I found difficult to understand, and sometimes I felt like I was missing something obvious about No that I should have realised. This book left me with so many questions. Where did No go? The why was obvious but why did she go along with it for so long with no intention of actually going to Ireland? What was she doing to get that money? Was it something to do with the night shift?
I did, however, understand the message that the problem of homelessness isn't as simple or easy to solve as Lou thought and hoped it was, and that giving someone your home isn't enough to give them a chance in life.
Overall it was a really meaningful, deep book. I'd definitely recommend it.
French edition:
Je suis anglaise donc je suis désolée pour les erreurs!
C'était un livre fantastique, je pense que j'aimerais en lire même si je ne le devais pas pour mon cours.
katya_m's review against another edition
<i>O facto de exprimir a ausência de quantidade por um número não é, em si mesmo, uma evidência. Li-o na minha enciclopédia das ciências. A ausência de um objecto ou de um sujeito exprime-se melhor pela frase «não existe» (ou «já não existe»). Os números continuam a ser uma abstracção. E o zero não exprime a ausência nem a tristeza.</i>
Conseguir que uma narradora adolescente seja coerente é um feito admirável e Delphine de Vigan foi inteligente no caminho que traçou para o conseguir. Lou é uma jovem rapariga, inteligente, sensivel, precoce (vários são os diagnósticos possíveis, mas o importante aqui é perceber que o nível de maturidade emocional da protagonista é elevado para a sua idade — 13 anos).
Filha única de uma mãe a lidar com uma depressão após a morte da segunda filha e de um pai que se desdobra em múltiplos papéis — cuidador, amante, educador — Lou já tem a sua dose de problemas quando, em virtude de um trabalho escolar se lembra de explorar o mundo dos sem-abrigo. A sua intermediária, Nô, cinco anos mais velha do que ela, vive nas ruas, sem família e sem sustento e, a dada altura, concorda com uma série de entrevistas de onde nasce uma amizade sui generis. E se Nô e Eu é um livro sobre essa amizade, também o é sobre solidão...
<i>O raio de 13,7 mil milhões de anos-luz é, pois, o do Universo visível. Para lá desta distância, não conseguimos ver nada, não sabemos se o Universo se estende ou não além dela. Nem sequer sabemos se essa questão faz sentido. É por isso que as pessoas ficam em casa, nos seus pequenos apartamentos, com os seus pequenos móveis, as suas pequenas tigelas, os seus pequenos cortinados, por causa da vertigem. Porque se levantamos o nariz a questão põe-se inevitavelmente, bem como outra questão ainda, a de saber que somos, nós, tão infinitamente pequenos, no meio de tudo isto.</i>
...sobre voluntariedade...
<i>A partir de quando começa a ser demasiado tarde? Desde quando é demasiado tarde? Desde o primeiro dia em que a vi, há seis meses, dois anos, cinco anos? Será que podemos sair de uma situação destas? Como é possível estarmos na rua, aos 18 anos, sem nada, sem ninguém? Seremos coisas assim tão insignificantes, tão infinitamente pequenas, que o mundo possa continuar a girar, infinitamente grande e sem se importar minimamente se temos ou não um sítio para dormir? </i>
... sobre dependência...
<i>Quando era pequena, ficava a ver a minha mãe maquilhar-se à frente do espelho, seguia-lhe os gestos um a um, o lápis preto, o rímel, o batom nos lábios, aspirava-lhe o perfume, não sabia que era uma coisa tão efémera, não sabia que as coisas podem desaparecer de um momento para o outro, sem qualquer razão, para nunca mais voltarem.</i>
...e sobre a fragilidade do ser humano:
<i>Vejo muitas vezes o que se passa na cabeça das pessoas, é como uma espécie de caça ao tesouro, um fio negro que basta deixarmos deslizar entre os dedos, na sua fragilidade, um fio que conduz à verdade do Mundo, à verdade que jamais será revelada. Um dia o meu pai disse-me que era uma coisa que lhe metia medo, que não queria brincar com isso, que era preciso saber baixar os olhos para preservar o nosso olhar de criança. Mas eu não consigo fechar os meus, estão sempre escancarados e às vezes chego a tapá-los com as mãos para não ver.</i>
Da mesma forma, é um romance que se ancora numa protagonista jovem para melhor poder traduzir os contrastes entre as expectativas e a realidade; o possível e o impossível...
<i>Não devíamos fazer com que as pessoas acreditassem que pode haver igualdade entre elas, nem aqui nem noutro lado qualquer. A minha mãe tem razão. A vida é injusta e não há mais nada a acrescentar. A minha mãe sabe algo que não devíamos saber. É por isso que está incapacitada de trabalhar, é o que dizem os papéis da segurança social, sabe qualquer coisa que a impede de viver, qualquer coisa que só deveríamos saber quando já somos muito velhos. Aprendemos a descobrir as incógnitas nas equações, a traçar linhas rectas equidistantes, a demonstrar teoremas, mas na vida real não há nada a enunciar, nada a calcular, nada a adivinhar. É como a morte dos bebés. É uma grande tristeza e ponto final. Uma grande tristeza que não se dissolve na água, nem no ar, um tipo de componente físico que resiste a tudo.</i>
...e nos mostrar como o nosso olhar, outrora tão próximo do da jovem Lou (capaz de filtrar e processar o mundo sem mácula), rapidamente se transforma no olhar desapaixonado de uma jovem a quem o mundo voltou costas:
<i>Aquela era a prova evidente, se preciso fosse, de que alguma coisa não batia certo. Bastava olhar à nossa volta. Bastava ver o olhar das pessoas, contar as que falam sozinhas ou que começam a disparatar, bastava apanhar o metro. Pensei nos efeitos secundários da vida, naqueles que ninguém refere, que nunca são acompanhados por instruções para utilização. Pensei que a violência reside também aí, pensei que a violência está por todo o lado.</i>
Da introspecção e altruísmo da juventude ao desencanto dos precocemente sofridos, Vigan obriga a jovem Lou a um percurso difícil, a uma travessia hiperbólica da realidade durante a qual o processo de amadurecimento se depurará. O desencanto, o desgosto e a couraça que reveste a humanidade serão a descoberta maior que a jornada de Lou tem para oferecer:
<i>Antes de conhecer Nô, achava que a violência residia nos gritos, nas pancadas, na guerra e no sangue. Agora sei que a violência mora também no silêncio, que é por vezes invisível a olho nu. A violência é esse tempo que cobre as feridas, o irredutível encadear dos dias, a impossibilidade de voltar atrás. A violência está naquilo que nos escapa, não tem voz, não é visível, a violência é tudo aquilo que não tem explicação, tudo aquilo que será para todo o sempre opaco.</i>
Como obra contemporânea na tradição do <i>bildungsroman, Nô e Eu </i> cai na categoria de YA, o que lhe retira algum prestígio já que atenua o reconhecimento do trabalho de caracterização psicológica que subjaz aos arranjos convencionais e mais tipicamente adolescentes que compõem a narrativa. Mesmo assim, é um trabalho de uma beleza e delicadeza com as quais não contava, e uma história especial que leva os leitores a refletir sobre questões maiores.
<i>Nos livros há capítulos para separar os acontecimentos, para mostrar que o tempo passa ou que a situação evolui, e mesmo, por vezes, algumas partes com títulos carregados de promessas, O encontro, A esperança. A queda, como se de outros tantos quadros se tratasse. Mas na vida não há nada, não há títulos, nem cartazes, nem painéis, nada que nos avise atenção: perigo, derrocadas frequentes ou desilusão iminente. Na vida estamos sozinhos com o trajo que nela usamos, e azar o nosso se esse trajo estiver cheio de buracos.</i>
Conseguir que uma narradora adolescente seja coerente é um feito admirável e Delphine de Vigan foi inteligente no caminho que traçou para o conseguir. Lou é uma jovem rapariga, inteligente, sensivel, precoce (vários são os diagnósticos possíveis, mas o importante aqui é perceber que o nível de maturidade emocional da protagonista é elevado para a sua idade — 13 anos).
Filha única de uma mãe a lidar com uma depressão após a morte da segunda filha e de um pai que se desdobra em múltiplos papéis — cuidador, amante, educador — Lou já tem a sua dose de problemas quando, em virtude de um trabalho escolar se lembra de explorar o mundo dos sem-abrigo. A sua intermediária, Nô, cinco anos mais velha do que ela, vive nas ruas, sem família e sem sustento e, a dada altura, concorda com uma série de entrevistas de onde nasce uma amizade sui generis. E se Nô e Eu é um livro sobre essa amizade, também o é sobre solidão...
<i>O raio de 13,7 mil milhões de anos-luz é, pois, o do Universo visível. Para lá desta distância, não conseguimos ver nada, não sabemos se o Universo se estende ou não além dela. Nem sequer sabemos se essa questão faz sentido. É por isso que as pessoas ficam em casa, nos seus pequenos apartamentos, com os seus pequenos móveis, as suas pequenas tigelas, os seus pequenos cortinados, por causa da vertigem. Porque se levantamos o nariz a questão põe-se inevitavelmente, bem como outra questão ainda, a de saber que somos, nós, tão infinitamente pequenos, no meio de tudo isto.</i>
...sobre voluntariedade...
<i>A partir de quando começa a ser demasiado tarde? Desde quando é demasiado tarde? Desde o primeiro dia em que a vi, há seis meses, dois anos, cinco anos? Será que podemos sair de uma situação destas? Como é possível estarmos na rua, aos 18 anos, sem nada, sem ninguém? Seremos coisas assim tão insignificantes, tão infinitamente pequenas, que o mundo possa continuar a girar, infinitamente grande e sem se importar minimamente se temos ou não um sítio para dormir? </i>
... sobre dependência...
<i>Quando era pequena, ficava a ver a minha mãe maquilhar-se à frente do espelho, seguia-lhe os gestos um a um, o lápis preto, o rímel, o batom nos lábios, aspirava-lhe o perfume, não sabia que era uma coisa tão efémera, não sabia que as coisas podem desaparecer de um momento para o outro, sem qualquer razão, para nunca mais voltarem.</i>
...e sobre a fragilidade do ser humano:
<i>Vejo muitas vezes o que se passa na cabeça das pessoas, é como uma espécie de caça ao tesouro, um fio negro que basta deixarmos deslizar entre os dedos, na sua fragilidade, um fio que conduz à verdade do Mundo, à verdade que jamais será revelada. Um dia o meu pai disse-me que era uma coisa que lhe metia medo, que não queria brincar com isso, que era preciso saber baixar os olhos para preservar o nosso olhar de criança. Mas eu não consigo fechar os meus, estão sempre escancarados e às vezes chego a tapá-los com as mãos para não ver.</i>
Da mesma forma, é um romance que se ancora numa protagonista jovem para melhor poder traduzir os contrastes entre as expectativas e a realidade; o possível e o impossível...
<i>Não devíamos fazer com que as pessoas acreditassem que pode haver igualdade entre elas, nem aqui nem noutro lado qualquer. A minha mãe tem razão. A vida é injusta e não há mais nada a acrescentar. A minha mãe sabe algo que não devíamos saber. É por isso que está incapacitada de trabalhar, é o que dizem os papéis da segurança social, sabe qualquer coisa que a impede de viver, qualquer coisa que só deveríamos saber quando já somos muito velhos. Aprendemos a descobrir as incógnitas nas equações, a traçar linhas rectas equidistantes, a demonstrar teoremas, mas na vida real não há nada a enunciar, nada a calcular, nada a adivinhar. É como a morte dos bebés. É uma grande tristeza e ponto final. Uma grande tristeza que não se dissolve na água, nem no ar, um tipo de componente físico que resiste a tudo.</i>
...e nos mostrar como o nosso olhar, outrora tão próximo do da jovem Lou (capaz de filtrar e processar o mundo sem mácula), rapidamente se transforma no olhar desapaixonado de uma jovem a quem o mundo voltou costas:
<i>Aquela era a prova evidente, se preciso fosse, de que alguma coisa não batia certo. Bastava olhar à nossa volta. Bastava ver o olhar das pessoas, contar as que falam sozinhas ou que começam a disparatar, bastava apanhar o metro. Pensei nos efeitos secundários da vida, naqueles que ninguém refere, que nunca são acompanhados por instruções para utilização. Pensei que a violência reside também aí, pensei que a violência está por todo o lado.</i>
Da introspecção e altruísmo da juventude ao desencanto dos precocemente sofridos, Vigan obriga a jovem Lou a um percurso difícil, a uma travessia hiperbólica da realidade durante a qual o processo de amadurecimento se depurará. O desencanto, o desgosto e a couraça que reveste a humanidade serão a descoberta maior que a jornada de Lou tem para oferecer:
<i>Antes de conhecer Nô, achava que a violência residia nos gritos, nas pancadas, na guerra e no sangue. Agora sei que a violência mora também no silêncio, que é por vezes invisível a olho nu. A violência é esse tempo que cobre as feridas, o irredutível encadear dos dias, a impossibilidade de voltar atrás. A violência está naquilo que nos escapa, não tem voz, não é visível, a violência é tudo aquilo que não tem explicação, tudo aquilo que será para todo o sempre opaco.</i>
Como obra contemporânea na tradição do <i>bildungsroman, Nô e Eu </i> cai na categoria de YA, o que lhe retira algum prestígio já que atenua o reconhecimento do trabalho de caracterização psicológica que subjaz aos arranjos convencionais e mais tipicamente adolescentes que compõem a narrativa. Mesmo assim, é um trabalho de uma beleza e delicadeza com as quais não contava, e uma história especial que leva os leitores a refletir sobre questões maiores.
<i>Nos livros há capítulos para separar os acontecimentos, para mostrar que o tempo passa ou que a situação evolui, e mesmo, por vezes, algumas partes com títulos carregados de promessas, O encontro, A esperança. A queda, como se de outros tantos quadros se tratasse. Mas na vida não há nada, não há títulos, nem cartazes, nem painéis, nada que nos avise atenção: perigo, derrocadas frequentes ou desilusão iminente. Na vida estamos sozinhos com o trajo que nela usamos, e azar o nosso se esse trajo estiver cheio de buracos.</i>
zznana's review against another edition
3.0
Its a simple book but not with the usual story. The plot for me couldnt be predicted.
zuzu_k's review against another edition
challenging
emotional
reflective
sad
tense
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
4.0
claraabrack's review against another edition
adventurous
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
1.5