Eu nem tenho palavras pra esse livro.

Leiam. Por favor, leiam.

(Vou falar mais dele lá no Favoritos de Agosto!)

Não fiquei apaixonada por esta paixão, a minha praia nestas questões passa por outras areias, mas rendi-me no final. A última frase do livro, juntamente com todo o enredo, valida uma data de actos e dependências que, à partida, não me são vistos com bons olhos, porém, posto assim, é um amor como qualquer outro. Todos vivemos esse sentimento por alguém de forma diferente, mas a forma como este termina (sem terminar), é puro e bonito. Não precisamos de concordar e não temos de demonizar tudo o que passa longe da nossa concepção de correcto e ideal. Às vezes, perspectivas diferentes não estão erradas (e não são tóxicas) e são tão verdadeiras quanto as nossas. Não as quereria para mim, mas está tudo bem existirem em outras vidas. E no final, amor é carinho, preocupação, partilha e respeito. Que bom é sermos nós próprios na companhia de alguém. E este livro, que bem escrito. Ainda bem que continuei e só fui.

Não sei o suficiente português pra comentar na história mas meu deus como odeio o jeito no que esse egoísta fala das mulheres. Me deu um nojo terrível.

“(…) a natureza do amor, de não nos permitir escolher por quem nos apaixonamos, é uma rota que pode conduzir à ruína.”

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este livro tem tudo de poético, só não é um livro de poesia. a começar pela capa bonita, o título que poderia ser, por si só, um poema, e a terminar na escrita. que escrita poética e bonita! e que final: dos mais bonitos que me lembro de ter lido.

“eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” de Marçal Aquino é um romance que nos transporta para uma cidade do brasil, de certa forma, rude e violenta, mas, ainda assim, com a sua beleza. é um romance que tem tanto de belo como de trágico, e exatamente por isso o senti(mos) tão intensamente.

a ação começa por se desenrolar numa pensão da cidade, entre conversas banais do quotidiano, uma história de amor antiga, e a vida de outros. através da voz de cauby e das suas memórias, saltando do presente para o passado, vamos descobrindo a sua bonita história de amor. cauby é um fotógrafo sem rumo que chega à cidade e conhece levina, uma mulher com um passado duro que a assombra. e ficam, de imediato, presos um ao outro.

pelo meio vamos conhecendo algumas personagens caricatas que acabam se cruzando na vida do nosso protagonista, conduzindo-nos para o final desta história. história esta que é a perfeita representação da tragédia que deriva da paixão. do quão triste, desesperante e sem rumo o amor pode ser, na mesma medida que pode ser completamente o contrário, sendo o remédio que nos traz esperança e fé mesmo nos dias mais escuros.

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“nunca prometemos nada um ao outo, e eu sabia que podia acabar de repente. poema que cessa antes de virar a página. um haikai.”

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há romances que são como um poema

O livro tem momentos muito bons, mas outros que não conseguiram dialogar comigo de jeito nenhum. Não sei explicar qual foi a minha sensação lendo, porque tive sentimentos muito conflitantes.

3,5 estrelas
Livro muito poético e escrito de uma forma muito bonita.
A história em si é bastante cativante, apesar de ter me cansado em alguns momentos. Ainda sim, vale muito a pena a leitura.

"É um boa história para ser relatada, uma história temperada com sofrimento e resignação.Um amor de servidão. No fundo, um sacrifício tão poético quanto inútil.Dá um bom livro, com certeza, como a maioria das histórias de amor." -M.A.-